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quarta-feira, março 30, 2005

Praça Velha

No coração da Beira Baixa (falo óbviamente(!) de Castelo-Branco), foi com algum espanto que encontrámos "O Restaurante" que há muito procurávamos por estas paragens. Praça Velha assim se chama este local de bem servir! O nome, o local, o serviço, o ambiente, os empregados e os pratos fizeram justiça ao que procuravamos. Até o tempo estava propício para aquele jantar, com a chuvinha a cair harmoniosamente e com comensais em número suficiente para criar "ambiente".
Os pratos escolhidos revelaram-se óptimos: Tornedó Rossini e Bacalhau à Braz, acompanhados por um vinho tinto Piriquita de 99 (soberbo), que "aveludou" o Tornedó e "envolveu" o Bacalhau através do seu perfume enebriante. As entradas e as sobremesas, dispostas numa mesa central, encontravam-se disponíveis em regime de buffet. Apetitosas e apresentadas discretamente, foram o excelente complemento da oferta apresentada. O serviço, sempre formal mas sem nunca atingir qualquer tipo de "rigidez", foi profissional q.b. A sala tinha um tecto em madeira antiga, uma luz ambiente da melhor que já usufruimos e uma lareira ao fundo. Toda a decoração era simples, mas requintada.
O aspecto menos positivo foi a música. Sem alma, num estilo... aleatório e pouco perceptível. C'est domage!
Tudo o resto fez com que sentissemos que é local merecedor de uma nova visita. Com preços acessíveis, serviço de bar mesmo ao lado e todos os predicados apontados acima, é certamente uma Praça que, "apesar" de Velha, deve ser revisitada!

segunda-feira, março 21, 2005

Arte e Sal

Entre São Torpes e Porto Covo há uma série de restaurantes ao pé do mar, onde o peixe é sugestão permanente. A escolha foi este restaurante com "alguma arte e muito sal". O concorrente da frente estava cheio e como não gostamos de esperar, foi em sentido contrário que rumámos em direcção ao Restaurante "Arte e Sal". A surpresa foi agradável, muito pela decoração e ambiente mas também pelo "descongestionamento" nas mesas.
As sugestões do dia passavam pelo sargo, linguado e dourada, mas foi a picanha que nos "aliciou". Isto de andar de carro mais de 1 hora até junto ao mar para depois comer um prato de carne é de loucos, mas a vontade da criança imperou! Uma picanha para 3 como "il faut" serviu com perfeição os desejos dos comensais. À medida que o tempo passava, o restaurante ia-se aconchegando com os habituais "dorminhocos domingueiros".
O serviço foi bastante acolhedor, sem formalidades mas com o "decoro" necessário. Profissionais q.b., o que permitiu disfrutar a degustação sem pressões (como tantas vezes acontece)! As entradas não foram originais (queijo fresco com tomates fatiados, temperado com oregãos e sal, e uma saladinha de polvo bem temperada), mas estavam de acordo com o ambiente e o local.

Fiquem então com esta sugestão: Excluindo 3ªs e 4ªs, o restaurante encontra-se aberto para almoços e jantares. Válido sobretudo pela paisagem e desassombro!

quarta-feira, março 16, 2005

O Moinho do Cú Torto

A comida até estava boa, mas o serviço cada vez é mais impessoal!
Em Évora, desde há 4 anos que visitamos com alguma frequência este local. Original no nome, tradicional nos pratos e rústico na decoração, este local tornou-se num espaço de demanda dos visitantes "domingueiros". A chegada ao Moinho deve acontecer antes das 12h30, se não for feita reserva. Caso contrário aguarda-nos uma boa hora de espera.
Neste dia pedimos lombo de porco assado com batatinhas à rodela caseiras, razoavelmente servidas, o que sucedeu as apaladadas entradas que habitualmente existem ao dispôr, tais como as pataniscas (bem tostadinhas e fininhas), as bifanas de porco grelhadas em vinagrete e cortadas às tirinhas, os carapaus de escabeche, entre outros. O vinho da casa (Redondo) faz juz ao seu nome. O pior é mesmo o serviço.
Não sei se por ser um local concorrido, se por presunção/arrogância do proprietário, o serviço e a relação que deve existir entre cliente e gerente não é das melhores. Dá-nos a impressão que se quer é "despachar" os que já lá estão para servir os muitos que ainda lá vêm! Digno de ser presenciado, este é o tipo de serviço de que menos gostamos, ou seja, pensar que estamos a ser "servidos" por favor, à maneira da "fast food"! Infelizmente, continua a ser o pão nosso de cada dia neste país que amamos!
Demorado, impessoal e algo "tasqueiro" é para não voltar tão cedo. Pelo menos até esquecer-mos este... desaconchego.