Olhó gelado! É frutó chocolate!
Lembram-se quando eramos crianças e ouvíamos estes "pregões" na praia? Um irresístivel apelo.
Muitos são, felizmente, os locais que ainda hoje existem, de forma a que possa acreditar nesta memória de prazer estival. O prazer que tinha em saborear sorvetes e gelados artesanais.
Em Lisboa, ainda existe a Surf (Praça de Londres), onde íamos em tempo de aulas, porque o Filipa de Lencastre era logo ali... Passeavamos na Av. de Roma, Guerra Junqueiro e invarialvelmente "abancavamos" na Surf. Era uma delícia, pois os sabores e as cores anunciavam já as férias e a praia que se aproximava.
Na Baixa, a minha mãe por vezes levava-me à pastelaria Suiça (tempos idos duma Lisboa de meados dos anos 70), após uma visita aos antigos armazéns do Chiado, onde nos tínhamos cansado (pelo menos eu!) de andar de departamento em departamento. Já naquela altura gostava imenso da recompensa gelada e doce. Hoje, gostaria muito de voltar a experimentar tal fascínio naquele local. A Versailles (perto do Arco Cego) era para os sábados, quando visitávamos o meu tio e a minha avó. Ainda na Praça de Londres, a Mexicana e a Roma também fizerem o meu deleite. Mas foi em Cascais, na pré-adolescência (como agora se diz), que fui pela primeira vez ao Santini.
No Santini foram muitas e boas as descobertas! Qual Haagen Dazs, qual Baskin Robbins. Santini é que é o detentor da fórmula mágica do prazer das papilas! "Vero" Italiano (possivelmente descendente de Marco Polo, que trouxe a "especialidade" do oriente), Santini abriu a sua casa para encantar turistas e aristocratas. Foi-se transformando em poiso de "romeiros" em busca de prazer.
Preparados com fruta verdadeira e aromas naturais são o melhor entre os gelados. Estão guardados junto ao que há de mais atractivo nas lembranças dos sabores da adolescência.
Vale a pena visitar Santini de novo. Para confirmar se a arte daquele sabor gelado se mantém... para além da lembrança.
2 Comments:
E as cassatas na Av. da Liberdade na Veneziana(?). Ao fim destes anos ainda cresce água na boca...
Claro! A Veneziana era imperdível.
E, já agora, para quem frequentou as diversas Faculdades e cantinas universitárias, não esqueçamos a Pindô, na Av. Forças Armadas, onde se almoçavam umas taças de gelado e fruta divinais...
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