Encantemo-nos de novo
Queremos fechar o dia com coisas boas, claro! Falemos então de "coisas de comer e de beber". Falemos de dois bons restaurantes: O "Vila Velha", já aqui evocado en passant, e o "Cozinha de Sto. Humberto", aqui nunca mencionado. Pois bem, o primeiro está entre os melhores do distrito de Beja, assumindo lugar de pódio quando se trata do eixo Alvito-Cuba-Vidigueira. Numa rua de que ninguém desconfia (a Rua do Mal Anda!), temos em terras de Vasco a Gama (mais ou menos...), este local de sentar, comer e... pedir mais! O dia era de muuuuito calor (daqueles da semana passada), a decoração agradável (alentejana-sóbria) e a temperatura já regulada para nos sentirmos finalmente ao fresco na Rota de tal nome! O Gaspacho -desculpem a expressão- caíu que nem gingas! Bem confeccionado e frio como estava, foi puro prazer! Há ali segredo. Nunca vimos um caldo de tomate "verdadeiro", tão vermelho e saboroso. Do carapauzinho, frito a rigor, não se deixava nada para contar a história! E a seguir, bem... a seguir, quando parecia que tudo estava já tão bem resolvido no nosso estômago, trouxeram-nos a Galinha de Cabidela com Arroz! E que bem que se apresentou. Também "verdadeira" esta galinha, o sangue q.b com o azeite em harmonia "escorregativa", faziam um caldinho do melhor para colocar sobre o arroz, que se revelou bem soltinho e esteve sempre "de namoro" com a tal galinha. Um pitéu! Os vinhos Branco e Tinto Outeiro da Águia (colheita selleccionada 2003, da Herdade do Meio), estiveram ambos à altura. Melhor ainda, pareceu-nos, o tinto com os seus taninos arredondados e algo "amadeirado". Da encharcada, ainda couberam no estômago (ufa!) duas colherzinhas, que tão bem acompanhadas foram pelo café sem acúcar. O dificil foi "voltar à vida" e "à calma"... Mas os VIPS a isso obrigavam! Já o "Cozinha de Sto. Humberto", perto da Praça do Alentejo onde há mais japoneses de máquina fotográfica a tiracolo, é lugar de paredes caiadas e com história, onde apetece entrar e ír ficando. Na Rua da Moeda, este espaço surgiu da recuperação de uma antiga adega. Apresenta a gastronomia mais típica do Alentejo e por vezes algo maís. Nós escolhemos "o algo mais", que se chamou Medalhão de Vitela e Bacalhau à Sto. Humberto. Muito melhor o segundo. Que "crocante" e branco o bacalhau, que boa maré de azeite à sua volta e que batatinhas estaladiças! E o vinho Fundação Eugénio de Almeida, 2003, que generoso! Tão amável estava, que nos estimulou largamente o sorriso, melhor o riso, melhor as gargalhadas. Felizmente, o empregado do restaurante era daqueles simpáticos e profissionais, como não há muitos. Esteve cúmplice connosco e com as nossas risadas. Era dia de felicidade e os momentos eram de prazer, a propósito do aniversário e do aniversariante. Aspecto recomendável tinha também qualquer das sobremesas conventuais. Contudo, resolvemos partilhar uma taça enorme de cerejas. E, coisa rara, comemos cerejas seguramente da Cova da Beira, donde são provenientes as melhores, que não se encontram frequentemente. Já experimentaram cerejas "mergulhadas" num vinho branco dos bons? Pois experimentem que é do melhor! Sempre que apeteça e a carteira não impeça estes são Restaurantes onde será bom regressar. |
1 Comments:
É com alguma frequencia que me desloco a Évora para recarregar baterias, e apesar de ser cliente do restaurante Aqueduto, gosto de por vezes experimentar outros, um desses foi a Cozinha de Sto. Humberto, gostei do manjar isso gostei mas a tentativa de incluir na minha conta os digestivos e as sobremesas da mesa do lado foi um autentico balde de água fria e por nunca mais lá voltei.
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