Sempre a Meia-Praia
Esta é a praia da minha infância.
Primeiro com os meus pais, depois com as minhas amigas. (Lembram-se Lena, Alexandra, Célia?...)
Foi lá que o meu pai me ensinou a nadar. Que privilégio aprender a nadar com o pai na Meia-Praia!
Era lá que "ía à condelipa".
Toda a gente, alás, "ía à condelipa"! Pais, tios, primos, amigos, todos. Era só andar de "racuo" em dia de maré vazia, com os pés enterrados na areia!
Era também nestes dias que quase se conseguia chegar a Marrocos. Cheguei a acreditar que era possível.
A areia na pele com a nortada.
A água clarinha a chamar os peixes-aranha. As picadas dos peixes-aranha!:-))
O sueste quente na cara e o enrolar nas mornas ondas.
Depois a Meia-Praia da adolescência.
Ainda com a areia na pele em dias de nortada e o vento quente do sueste misturado com as ondas!
Agora, em vez da ida às condelipas, a ida para as dunas à procura do escaldão, à procura do beijo da areia... do beijo do vento... do beijo do... :-))
As noites, imperdíveis, do "Banho 29"!
Os longos passeios no inverno...
Já adulta, primeiro a Meia-Praia das conchas. Depois, os castelos na areia e as "as piscinas" para a filha... A Meia-Praia onde ela aprende, com os pais, a nadar. Onde apanha conchinhas, brinca de todas as maneiras e corre, corre, corre. (Tanto que um dia até parte um braço)!
A Meia-Praia tem beleza reflectida em tudo. No mar, na areia, na luz que é única, na imensidão, na grandeza. Ali, respira-se bem estar e sensações quase indizíveis.
Por tudo isto, é a minha Meia-Praia.
A nossa (amada) Meia-Praia. Desde sempre.
Acredito que para sempre.
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